segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Uma Carta de Amor Perdida no Tempo III




Florença, 19 de Outubro de 1831
É com muita devoção que escrevo a ti meu amor.
Como tens passado? Espero que bem.
Eu, eu cheguei bem, fui muito bem recebida por titia e minhas outras primas. A casa é uma alegria só, várias moças de várias idades, rindo e cantarolando todos os dias. Titia tem um dos maiores vinhedos da região e vários empregados que a ajudam na labuta. Agora menos, por causa do outono.
Estou mais feliz, mas nunca totalmente, porque estou longe do meu grande amor.
Passo os dias a caminhar e pensar em nós e em quando será nosso tão esperado reencontro.
Encontrei um lugar lindo e secreto, onde vou todos os dias para pensar em vós. Um dia quero que conheça.
Trouxe para cá aquele lenço que tu me destes, o guardo com todo carinho e quando a saudade me fere, pego o e me transporto para perto de ti. Sonho. Sonho com teu doce beijo e tuas mãos tocando meus cabelos.
Ah, a saudade!
Aqui os dias são comuns e passam devagar, mas é esperança que une nossos corações.
De sua sempre Amada

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