sexta-feira, 18 de julho de 2008


Uma, duas, tr s taças de vinhos tinto, vermelho que desce rasgando e ardendo uma garganta apesar de doce e suave. Vago pela casa, já n o a reconheço, tudo está gélido e tem o odor de morte no ar.
Na t.v. a reprise daquele filme que tantas vezes assistimos juntos e diziamos que era nosso filme e hoje pela primeira vez percebi que n o era nada parecido com nós. Tudo no filme é uma ilus o de ver o, a mocinha busca um ser perfeito, e mocinho daqui a alguns anos n o será mais o gal . Isso sim é parecido conosco, a ilus o de pensar em uma vida que n o é a nossa e depois descobrir que nada passou de um sonho e seguir em frente, tentando n o cair no precipício e sem abrir este absimo entre nós. As horas passam e voc n o chega. Ainda sinto algo por voc , mas o muro que construimos ao nosso redor n o deixa enxergar realmente .
Agora estou afundada em um sofá no candto da sala imensa, toca uma velha canç o francesa, mal consigo ouvi-la pois os batimentos de meu coraç o est o acelerados, tenho falta de ar, fechos os olhos respiro fundo, mas a ansiedade n o passa. Minha cabeça gira sem parar, junto com minhas lembranças perfeitas. Onde está voc , quero voc aqui comigo, n o tenho mais...
Pronto, acabou, voc chegou, estou desmaiada, voc desliga o rádio e me carrega em teus braços para o quarto, desde quando deixando de seguir juntos nosso caminho....Vivemos na mesma casa, mas separados por falta de palvras....Ainda Amo vo....n tenho coragem, viro e durmo chorando baixinho....o que aconteceu conosco, a barreira de cristal e frágil, mas n o consigo quebrá-la.....e Voc dorme profundamente e ter a noç o que estamos afundando em nossa ilus o.

Um comentário:

Maycon DL disse...

Camila. não sei por que porta de realidade vc passou, mas seus textos simplesmente apareceram com uma nova cara. estão ótimos. cada um melhor que o outro.
Adorei.